Mas porque Almas Castelos? Eu conheci algumas. São pessoas cujas almas se parecem com um castelo. São fortes e combativas, contendo no seu interior inúmeras salas, cada qual com sua particularidade e sua maravilha. Conversar, ouvir uma história... é como passear pelas salas de sua alma, de seu castelo. Cada sala uma história, cada conversa uma sala. São pessoas de fé flamejante que, por sua palavra, levam ao próximo: fé, esperança e caridade. São verdadeiras fortalezas como os muros de um Castelo contra a crise moral e as tendências desordenadas do mundo moderno. Quando encontramos essas pessoas, percebemos que conhecer sua alma, seu interior, é o mesmo que visitar um castelo com suas inúmeras salas. São pessoas que voam para a região mais alta do pensamento e se elevam como uma águia, admirando os horizontes e o sol... Vivem na grandeza das montanhas rochosas onde os ventos são para os heróis... Eu conheci algumas dessas águias do pensamento. Foram meus professores e mestres, meus avós e sobretudo meus Pais que enriqueceram minha juventude e me deram a devida formação Católica Apostolica Romana através das mais belas histórias.

A arte de contar histórias está sumindo, infelizmente.

O contador de histórias sempre ocupou um lugar muito importante em outras épocas.

As famílias não têm mais a união de outrora, as conversas entre amigos se tornaram banais. Contar histórias: Une as famílias, anima uma conversa, torna a aula agradável, reata as conversas entre pais e filhos, dá sabedoria aos adultos, torna um jantar interessante, aguça a inteligência, ilustra conferências... Pense nisso.

Há sempre uma história para qualquer ocasião.

“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc. 16:15)

Nosso Senhor Jesus Cristo ensinava por parábolas. Peço a Nossa Senhora que recompense ao cêntuplo, todas as pessoas que visitarem este Blog e de alguma forma me ajudarem a divulga-lo. Convido você a ser um seguidor. Autorizo a copiar todas as matérias publicadas neste blog, mas peço a gentileza de mencionarem a fonte de onde originalmente foi extraída. Além de contos, estórias, histórias e poesias, o blog poderá trazer notícias e outras matérias para debates.

Agradeço todos os Sêlos, Prêmios e Reconhecimentos que o Blog Almas Castelos recebeu. Todos eles dou para Nossa Senhora, sem a qual o Almas Castelos não existiria. Por uma questão de estética os mesmos foram colocados na barra lateral direita do Blog. Obrigado. Que a Santa Mãe de Deus abençoe a todos.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Milagre de Natal na Hungria

O maravilhoso milagre que vamos narrar ocorreu por ocasião do Natal de 1956, na Hungria então subjugada pela Rússia comunista. O prodígio, inteiramente verídico e largamente conhecido, chegou ao Ocidente através do relato do Pe. Norberto que exercia o sacerdócio numa paróquia de Budapeste, antes de escapar para o Ocidente, fugindo da perseguição que os marxistas moviam aos católicos em seu país.

Na escola dessa paróquia, ensinava a professora Gertrudes, atéia militante. Todas as suas lições giravam em torno da impiedade e da negação de Deus. Tudo lhe servia para denegrir e ridicularizar a Igreja Católica. O seu programa de ensino era simples: arrancar a Fé da alma das crianças e formar legiões de pequeninos "sem Deus".
Suas alunas, mesmo intimidadas, não se deixavam convencer com as troças da mestra. Coisa curiosa: Gertrudes parecia adivinhar quais as que comungavam — eram estas as mais perseguidas.

Um dia, uma menina de dez anos, chamada Ângela, procurou o Pe. Norberto e pediu-lhe licença para comungar diariamente. Muito inteligente, muito bem dotada, era a melhor aluna da classe e da escola. O sacerdote mostrou os riscos a que se expunha, mas ela insistiu: "Senhor padre, a mestra não conseguirá apanhar-me em falta, asseguro-lhe, e trabalharei melhor. Não me recuse o que lhe peço. Nos dias em que comungo sinto-me mais forte. O senhor padre disse-me que devo dar bons exemplos. Para dar esses exemplos, preciso sentir-me forte." O padre acedeu.

Desde esse dia, Ângela viveu um verdadeiro inferno. Apesar de saber sempre as lições, a mestra implicava continuamente com ela. A criança resistia, mas ficava nitidamente abatida. A partir de novembro, as aulas passaram a ser autênticos duelos entre a professora e a pequena discípula.

Aparentemente, a mestra triunfava e dizia sempre a última palavra. Todavia, a sua irritação era tão grande que até o silêncio de Ângela a punha fora de si. Aterradas, as outras crianças pediam socorro ao padre Norberto, que nada podia fazer. "Graças a Deus — lembrava — Ângela continuava firme na sua Fé, e a nós restava rezar com absoluta confiança na misericórdia divina".

Pouco antes do dia de Natal, a 17 de dezembro, a professora inventou um estratagema cruel que, em sua opinião, devia dar um golpe mortal naquilo que ela designava por "superstições ancestrais" das alunas. E preparou a cena com sádico entusiasmo. Naturalmente, a pobre Ângela seria a vítima. Com voz doce, a professora fez um longo interrogatório para que ela e a classe se certificassem de que pessoas vivas atendem quando são chamadas. As mortas, ou as que só existem nas histórias, não podem obviamente aparecer.

Mandou então Ângela sair da sala de aula e ficar do lado de fora. Ato contínuo, fez com que as alunas a chamassem em coro. Ângela entrou muito intrigada, pressentindo uma cilada. "Afinal — sentenciou a mestra — estamos todos de acordo. Quando chamamos aqueles que vivem, que existem, é certo que eles vêm mesmo. Quando chamamos os que não existem, eles não podem vir... Ângela, que está aqui, viva, em carne e osso, ouviu-nos chamando-a e veio. Suponhamos que chamássemos o Menino Jesus. Parece que há entre vós quem acredite nEle..." — acrescentou maliciosamente.
Houve um instante de silêncio, de medo, talvez, mas as meninas, embora timidamente responderam: "Acreditamos".

"E tu, Ângela, também crês que o Menino Jesus te ouve quando o chamas?" - perguntou-lhe a perversa Gertrudes. Apesar de ver ali a cilada que havia pressentido, a criança respondeu com ardente fervor: "Sim, creio que Ele me ouve!".

"Muito bem", replicou a mestra. "Façamos a experiência: as meninas viram que Ângela, quando a chamávamos, veio imediatamente. Se o Menino Jesus existe, Ele vos ouvirá chamando-O. Gritem todas ao mesmo tempo e com força: Vem Menino Jesus! Vá! Um, dois, três! Chamem!".

Intimidadas, as crianças permaneceram caladas. Os argumentos da mestra tinham-nas impressionado. Gertrudes soltou uma gargalhada prolongada, diabólica...

De repente, deu-se o imprevisto. Levantando-se, no meio da classe, cheia de esperança e confiança, Ângela olhou em volta para todas as suas colegas, e gritou: "Ouçam-me, vamos chamá-Lo! Gritemos todas: vem, Menino Jesus!".

Num instante, todas se puseram de pé e fizeram ouvir suas vozes num uníssono vibrante. A professora não esperava esta súbita reação. Um impulso sobrenatural se manifestava naquela que se revelava a mais ardorosa e esperava o milagre.

Quando o clamor das alunas estava no auge, a porta abriu-se sem ruído, entrando por ela uma claridade intensíssima, que crescia, crescia, como a chama de um enorme fogo. No meio deste clarão, um globo cheio de luz abriu-se mostrando um Menino lindíssimo e risonho, todo vestido de luz. O Menino sorria, não falava, e todas as alunas sorriam também, tranquilas e contentes.

Depois o globo fechou-se devagar e desapareceu suavemente. A porta fechou-se sem que ninguém a tocasse. As crianças olhavam ainda para lá quando um grito agudo se fez ouvir.

Aterrada, olhos esgazeados, braços esticados, a professora gritava com louca: "Ele veio! Ele apareceu!" E fugiu completamente desnorteada, batendo com a porta.

O padre Norberto disse que interrogou as crianças uma por uma. E atestou, por juramento, que não encontrou nas suas palavras a menor contradição.

Quanto à professora Gertrudes, teve o fim que merecia: enlouquecida, teve de ser internada numa casa de saúde. E ali, sob o impacto de tremendo abalo que sofreu, não cessava de repetir: "Ele veio! Ele Veio!".

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Saudades da velha escola

Que saudades dos velhos tempos. Quando não se ensinava marxismo nas escolas; quando não se dava livro chato para os alunos lerem, e nem se tratava com indiferença às crianças. Antigamente, as aulas escolares eram uma extensão da educação familiar. Os pais tinham prazer em deixar seus filhos na escola, com a certeza de que iriam ser tratados dignamente. Repreendiam os filhos que não mostrassem boa educação. Os livros indicados para leitura eram muito bons e davam a devida formação moral para as crianças. O professor era tratado com respeito. Sempre antes de começar as aulas rezava-se uma Ave-Maria. E havia um grande crucifixo de madeira fixado na parede.
Os alunos tinham brincadeiras inocentes. Não tinham a tão prejudicial "eletricidade" que a televisão e a internet transportam nossos jovens para a loucura do mundo moderno. A formação psíquica tradicional fazia daquelas crianças futuros homens equilibrados e prontos para o mundo dos adultos, para as atitudes sérias e de responsabilidades. A inocência preparava os jovens para os namoros sérios e casamentos sólidos.
Pensemos em nossas crianças. Ai daqueles que colaboram para a perdição da juventude: "Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequenos que crêem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar." (São Mateus, 18:6)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Eu sou a culpada

Aconteceu numa comunidade religiosa. Uma noviça cometera uma falta que transtornava a ordem e repercutia em toda a comunidade. Algumas colegas pensavam que devia receber uma boa repreensão. Outras apelavam para a inexperiência e falta de maturidade da jovem. A expectativa era grande. A Mestra convocou a comunidade para uma reunião. Por sorte a vítima estava ausente:

- Prezadas irmãs, é preciso castigar a culpada. Penso que ainda não sabem quem é a verdadeira culpada. A culpada de tudo o que aconteceu... sou eu mesma, devido ao meu mau exemplo, minha incompetência e negligência. Portanto, quem merece o castigo sou eu.

Silêncio sepulcral na sala. Perplexidade em todos os semblantes. Para amenizar a situação e descarregar a atmosfera pesada que se formou, uma jovem pediu a palavra:

- Com licença! Vamos repartir a culpa. Cada uma de nós tem um pouco de culpa por causa de nossa conduta e nosso mau exemplo. Convido todas para cantar um canto de perdão.

Fonte: Boletim do Padre Pelagio
Foto: http://www.audicoelum.mus.br/salmos.htm

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Os três padres jesuítas mártires


Fato ocorrido no Estado do Rio Grande do Sul – Brasil, na época da colonização.

Padre Roque Gonzalez (1576-1628), nasceu de família da alta sociedade do Paraguai. Veio trabalhar entre os índios no Caaró, atual Rio Grande do Sul (Brasil), para catequizar os indígenas, ensinando-lhes os princípios cristãos, formando também núcleos de resistência indígena contra a brutalidade que lhes era praticada por alguns colonizadores europeus.

Cuidou da parte religiosa e social. Criou as reduções, que consistiam numa praça central com a igreja, a escola, e outras repartições para orientar sobre o cultivo da terra, o trato dos rebanhos, etc.

Não só o Padre Roque, mas também o Padre Afonso Rodrigues e o Padre João del Castillo, todos jesuítas, se dedicavam muito na sua missão de conversão e proteção dos índios.

Era um trabalho pioneiro e comunitário que se estendeu por muitas regiões. Infelizmente encontrou oposição de gente gananciosa e invejosa. O pajé, sentindo abalada sua liderança, açulou um pequeno grupo de revoltosos contra o dedicado missionário. Algo de trágico ia acontecer.

No dia 19 novembro de 1628, na aldeia dos índios Guaicurus, no Caaró, ia ser inaugurado o sino da igreja da aldeia. O povo se aglomerou ao redor. Estava tudo indo muito bem. O Padre Roque Gonzalez e o Padre Afonso Rodrigues estavam felizes.

Mas o seu assassinato tinha sido tramado à surdina pelo pajé da aldeia. Um pequeno grupo de revoltosos misturou-se no meio dos fiéis na hora da bênção. Quando Padre Roque abaixou-se para levantar o sino, um deles desferiu dois golpes de machado de pedra na sua cabeça. Padre Afonso teve a mesma sorte cruel. Em seguida atearam fogo na igreja, retalharam os corpos dos dois mártires e os atiraram no meio das chamas.

No dia seguinte voltaram para ver as ruínas. Do peito do Padre Roque ouvia-se uma voz: “Meus filhos, ainda que me matem... não me afastarei de vocês. Eu voltarei...” Aterrorizado, o cacique mandou abrir o peito do Padre Roque e arrancar-lhe o coração. Espetou-o numa seta e o atirou novamente no fogo. Pouco tempo depois, o Padre João del Castillo também foi assassinado.

No entanto, um grande milagre ocorrera. O coração do Padre Roque não se consumiu com as chamas do fogo. Alguns piedosos recolheram o coração intacto – fruto de um estupendo milagre e o guardaram. Hoje se encontra guardado na Capela dos Mártires do Colégio Cristo Rei, na cidade de Assunção – Paraguai (país vizinho), e é venerado como relíquia na cidade de Assunção.

NB.: O Padre Roque Gonzalez e o Padre Afonso Rodrigues (+15/11/1628) foram martirizados  em Caaró e o Padre João del Castillo (+17/11/1628) foi martirizado em Pirapó. Os três foram canonizados em 1988, por ocasião da visita do Papa João Paulo II.

Fonte: Boletim do Padre Pelágio (texto adaptado)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Calma, deixa correr o tempo


Estás intranquilo. – Olha: aconteça o que acontecer na tua vida interior ou no mundo que te rodeia, nunca te esqueças de que a importância dos acontecimentos ou das pessoas é muito relativa. - Calma! Deixa correr o tempo; e, depois, olhando de longe e sem paixão os fatos e as pessoas, adquirirás a perspectiva, porás cada coisa no seu lugar e de acordo com o seu verdadeiro tamanho. Se assim fizeres, serás mais justo e evitarás muitas preocupações. (Caminho, 702)

Não vos assusteis, não temais nenhum mal, ainda que as circunstâncias em que trabalhais sejam terríveis, piores que as de Daniel no fosso, com aqueles animais vorazes. As mãos de Deus são igualmente poderosas e, se for necessário, farão maravilhas. Fiéis!, com uma fidelidade amorosa, consciente e alegre, à doutrina de Cristo, persuadidos de que os anos de agora não são piores que os de outros séculos e de que o Senhor é o mesmo de sempre.

Conheci um sacerdote ancião que afirmava – sorridente – de si mesmo: Eu estou sempre tranquilo, tranquilo. E assim temos nós que estar sempre, metidos no mundo, rodeados de leões famintos, mas sem perder a paz: tranquilos. Com amor, com fé, com esperança, sem esquecer nunca que, se for conveniente, o Senhor multiplicará os milagres. (Amigos de Deus, 105)

Textos de São Josemaria

http://www.opusdei.org.br/art.php?p=20036

Enviado para mim, por e-mail, pela minha amiga Cristiane
Obrigado Cristiane, que Deus lhe abençoe.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O homem que procurava a paz

Aquele homem era proprietário de uma rede internacional de hotéis. Vivia cercado de secretárias e telefones. Era depositário de somas fabulosas em muitos bancos e membro de numerosos grupos econômicos. Tinha muito dinheiro, mas não tinha paz. Sentia-se exausto, estressado, emaranhado em mil preocupações. Precisava viajar para se distrair.

Entregou os numerosos encargos a um sócio de confiança e saiu pelo mundo à procura da paz. Empreendeu numerosas viagens pelos cinco continentes, visitou os maiores centros turísticos, mas continuava insatisfeito e frustrado.

Uma noite, ouvindo o badalar dos sinos de uma igreja, resolveu ir para lá, mais movido pela curiosidade do que pela fé. Entrou de vagar, como que apalpando o ambiente. Um silêncio religioso pairava no recinto. A igreja estava repleta de fiéis que pareciam aguardar o início de alguma cerimônia.

Sentiu-se atraído por um grupo de pessoas ajoelhadas diante de um presépio. Pastores contemplavam o Menino Jesus reclinado na manjedoura. Junto dele, José e Maria em atitude de profunda oração.

Quanta paz se desprendia daquele cenário. Tanta paz, que invadiu o coração do homem. Foi ali, aos pés de uma humilde e pobre manjedoura, que ele encontrou o que não havia conseguido em sua louca procura no meio das vaidades e distrações mundanas.

Fonte: Boletim do Padre Pelágio
Desenho acima é de Gustave Dore.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Felicidade na dor


Carlos chegou bem cedo ao consultório médico para saber o resultado dos exames feitos dias antes. O doutor falou-lhe:

- Amigo, você pediu-me franqueza. Os exames acusaram aquilo que suspeitávamos.

- Doutor, fale sem receio. Estou ansioso.

E o doutor passou o resultado, receoso da reação que o paciente poderia ter. Ele estava leproso. Entretanto ela foi totalmente o contrario do que esperava. Carlos segurou as mãos do medico e disse, chorando de emoção:

- Doutor, o senhor acaba de abrir-me as portas do céu. Hoje é o dia mais feliz da minha vida.

O médico chegou a duvidar da sanidade mental do cliente. Hanseníase era a doença mais temida anos atrás, pois isolava completamente o enfermo da sociedade. Mas o homem continuou com mais emoção:

- Sou casado. Era feliz com minha esposa, até o dia em que ela precisou separar-se de mim, justamente por ter contraído essa enfermidade. Foi confinada no leprosário, enquanto eu fiquei perambulando pelo mundo como doido. Não suportava mais viver longe dela. Agora, sendo leproso, poderei internar-me. Amanhã mesmo seguirei para o leprosário, onde viverei feliz ao seu lado. Não importa saber se a doença tem ou não tem remédio. Junto da minha esposa, a pior das moléstias perde toda a malignidade. Obrigado, doutor. Obrigado, meu Deus. 

(Do livro “A dor tem sete véus) - Boletim do Padre Pelágio

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Dom Bosco e Victor Hugo

Victor Hugo, falecido em 1885, foi um novelista, poeta, dramaturgo e estadista. Seu pai era um oficial que atingiu uma elevada posição no exército de Napoleão, enquanto sua mãe era católica defensora da casa real. Criado assim por um pai revolucionário e uma mãe religiosa, na sua juventude prevaleceu as tendencias revolucionárias, chegando a ter uma vida moralmente condenável. Ficou muito conhecido por causa de dois romances transformados em filmes: O corcunda de Notre-Dame e Os miseráveis. Infelizmente, sob o aspecto religioso, deixou muito a desejar.

Depois do exílio, que durou 20 anos, imposto pelo Imperador Napoleão III, volta a Paris, recebido como o “deus da democracia, multiplicando as obras ímpias, revolucionárias e jacobinas. A hugolatria francesa atingiu as raias do inverossímil quando se removeu do Panteon o corpo de Santa Genoveva (Padroeira de Paris) para pôr em seu lugar o cadáver de Victor Hugo.

Uma de suas características era a vaidade e a soberba. Diz dele Alexandre Dumas:

“Teria permanecido católico se o tivessem feito ao mesmo tempo Papa e Imperador”.

O nosso D. Pedro II, quando esteve em Paris, mandou dizer ao escritor que o queria conhecer. Victor Hugo mandou-lhe o seu endereço; e o nosso governante teve que ir à casa do escritor.
No seu livro Arte de ser avó, lança diatribes e injúrias contra a Igreja. Porém no seu livro Contemplações, escrito por ocasião da morte trágica de sua filha, faz profissão de fé na crença de Deus e na imortalidade da alma.

Pois bem, esse homem tão enigmático procurou Dom Bosco. O santo esteve em Paris desde 14 de abril até 26 de maio de 1883 para pedir esmolas para suas obras. Na Cidade Luz, o santo fez conferências, deu audiências, consultas, operou milagres.

Entre as audiências temos a dada a Victor Hugo. Ouçamos da boca do próprio Dom Bosco:

Faz dois anos, quando estive em visita a Paris, tive um encontro com um personagem desconhecido. Depois de algum tempo de espera, ás 23 horas, eu o recebi. A sua primeira palavra foi:

- Reverendo, não se assuste se eu lhe disser que sou incrédulo e que, portanto, não presto absolutamente nenhuma fé aos milagres que lhe atribuem.

Respondi:

- Não sei com quem tenho a honra de falar e não quero nem mesmo sabê-lo. Garanto-lhe que de forma alguma pretendo obrigá-lo a crer naquilo que não quer admitir. Não lhe falarei nem sequer de religião, pois me parece que o senhor não deseja que lhe fale nisso. Mas diga-me uma coisa: o senhor pensou sempre assim em sua vida?

- Quando era menino tinha fé, como tinham meus pais e meus amigos. Mas desde o momento em que comecei a refletir e a raciocinar, deixei de lado a religião e comecei a viver como filósofo.

- Que é que o senhor entende por estas palavras: “viver como filósofo?”
- Levar uma vida alegre, sem acreditar no sobrenatural nem na vida futura, meios de que se servem os padres para amedrontar a gente simples e pouco instruída.

- E o senhor, que é que admite a respeito da vida futura?

- Não percamos tempo tratando desse assunto. Falarei da vida futura quando estiver no futuro.

- Vejo que o senhor está gracejando. Mas, já que estamos neste argumento, tenha a bondade de ouvir-me. Um dia pode acontecer que o senhor seja acometido de alguma doença grave.

- Não há dúvida nenhuma, tanto mais que nesta idade estamos expostos a um sem-número de enfermidades.

- Pois essas enfermidades não o poderiam levar ao túmulo?

- É inevitável. Quem poderia se julgar dispensado de pagar tributo á morte?

- E quando chegar a sua última hora estiver para entrar na eternidade?

- Terei coragem para me confessar filósofo e não acreditar na eternidade.
- Mas quem lhe poderia impedir, nesse momento ao menos, de pensar na imortalidade da alma e na religião?

- Ninguém. Mas seria esse um ato de fraqueza que me cobriria de ridículo aos olhos dos meus amigos.

- E no entanto, nesse último momento da vida, não lhe custará nada conseguir a paz da consciência.

- Bem o compreendo. Mas não creio necessário abaixar-me até esse ponto.

- Mas, se é assim, que é que o senhor espera da vida? Dentro de pouco o presente não mais lhe pertencerá. Do futuro o senhor não quer que se fale. Qual é então a sua esperança?

O desconhecido abaixou a cabeça. Meditava. Aí eu prossegui: É necessário que pense no futuro supremo. Tem ainda um resto de vida diante de si. Sirva-se dele para voltar ao seio da Igreja e implorar a misericórdia de Deus e poder salvar-se para sempre.

Se não fizer assim, morrerá como incrédulo e não terá outra coisa a esperar senão o nada, como o senhor diz, ou então os eternos suplícios.

- Vossa Reverendíssima está usando uma linguagem em que não vejo nem religião, nem filosofia; é uma palavra de amigo, que eu não ouso recusar. Sei que de todos os meus amigos, embora muitos deles sejam profundos em assuntos de filosofia, nenhum ainda conseguiu resolver o problema. Vou refletir no que me disse e voltarei aqui para falarmos.

Apertou-me a mão e deixou o seu cartão de visita, no qual vi o nome VICTOR HUGO”

Dois dias depois, à mesma hora, voltou e, tomando a mão de Dom Bosco, disse:

- Não sou mais o personagem do outro dia. Foi um gracejo que lhe fiz e peço-lhe que me considere seu amigo. Sou Victor Hugo, creio no sobrenatural, creio em Deus e espero morrer entre os braços de um padre católico que possa recomendar minha alma a Deus.

Será que Victor Hugo foi fiel à palavra dada a Dom Bosco?

No seu testamento deixou escrito: “Recuso a oração de todas as igrejas. Peço uma oração a todas as almas. Creio em Deus”. Um seu biógrafo fala que no fim da vida o escritor multiplicava sua profissão de fé, principalmente quando se levantava da mesa. Os que o rodeavam procuravam abafar essas manifestações. Seu genro, Lockroy, mandava que se calasse: “Atenção, gente! O velho começa a delirar ” .

Seria fruto da conversa com Dom Bosco? Uma publicação francesa – Revue de deux mondes – assim termina o artigo sobre este assunto: “Cada um fincou o pé em sua posição. O moralista leigo não fez sermão; o padre conservou a sua dignidade; e o santo não dobrou os joelhos perante a filosofia”.

Pe João Modesti
(EXTRAÍDO DO BOLETIM SALESIANO – MAIO/JUNHO DE 1985)

Fonte: O Desbravador – Ano 7 – Outubro de 1986 – número 82

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Cuidado! Deus está te olhando...

Madre Mariana de Jesus Torres foi uma das fundadoras do Mosteiro da Imaculada Conceição em Quito – Equador. Dificilmente alguém lê sua história e não muda de vida. O livro estremece a alma mais endurecida.

http://almascastelos.blogspot.com.br/2012/02/madre-mariana-de-jesus-torres.html

É de autoria de Madre Mariana esses versos:

Mira que te mira Dios
Mira que te está mirando
mira que deves morir
mira que no sabes quando

Tradução:

Note que Deus te olha
Note que Ele está te olhando
Note que deves morrer
Note que não sabes quando

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

São Bernardo de Menton

Bernardo de Menthon, é um santo muito original. Prestou grande serviço aos peregrinos que iam a Roma, e precisavam transpor as montanhas dos Alpes cobertos de gelo e cheios de perigos. Amestrou cães para descobrir pessoas que se perdiam no meio da neve. São chamados “cães de São Bernardo”.

Construiu também uma hospedaria naquelas alturas inóspitas, para abrigar e socorrer, gratuitamente, os peregrinos necessitados de alimento e ajuda. Essa hospedaria existe até hoje.

Foi assim que São Bernardo de Menthon salvou a muitos peregrinos, arriscados a morrer no gelo ou extraviados no meio das montanhas. Como estamos vendo, Deus suscita santos conforme as necessidades de cada época.

Ainda menino, foi abandonado pela mãe. Passou a juventude como eremita numa região deserta e abandonada. Intimado a aceitar o bispado de Paris, nem por isso deixou de viver uma vida modesta e dedicada aos pobres. Repartia seus bens entre eles e atraía muitos para ouvir suas pregações.

Um dia mandou chamar um escrevente para gravar uma data na cabeceira de sua cama. Ninguém sabia o que significava isto, até o dia em que o santo bispo fechou os olhos para sempre. Era o dia de sua morte.

Talvez a parte menos comentada de sua vida, era o fato de que São Bernardo era contra a ignorância religiosa, os maus costumes do clero, o abandono dos fiéis e o comércio das coisas espirituais.

Inscrito no Martirológio Romano em 1681, São Bernardo de Menton (ou São Bernardo de Aosta – como também era conhecido) foi proclamado pelo papa Pio XI, em 1923, padroeiro dos povos dos Alpes, dos alpinistas e dos esquiadores.

Fonte: Paulinas e Boletim do Padre Pelagio

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sua última palavra antes da cirurgia

Um pai de família, profundamente religioso, fora acometido de um mal muito sério nas cordas vocais. Foi ao médico, que constatou um tumor maligno. Somente uma cirurgia poderia solucionar o problema. Mesmo assim arriscar-se-ia a perder a fala para sempre.

Um tanto abatido, voltou para casa e contou o resultado do exame. Despediu-se de todos e se apresentou ao doutor no dia marcado. Antes de iniciar a operação o medico perguntou:

- Se tiver algum recado ou recomendação a dar, pode fazê-lo agora.

Então aquele homem de fé disse com voz firme e forte:

- Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Fonte: Boletim do Padre Pelagio
Foto: da internet. É uma senhora enferma

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Nossa Senhora do Bom Conselho foi trazida pelos Anjos


Como é que Nossa Senhora do Bom Conselho chegou até Genazzano (20 km de Roma)? E como é que essa pintura se mantém suspensa no ar milagrosamente até hoje?

No ano de 1467, a 25 de abril, “a multidão reunida na piazza de Santa Maria (em Genazzano), ficou surpresa ao ouvir, nos ares tão puros de sua região, ecos de celestes harmonias. (...)”

“Daí a pouco, bem por cima das mais altas casas, dos campanários das Igrejas e das torres dos palacetes mais elevados, viram uma bela nuvem branca, espargindo em todas as direções raios de luz muito vivos, em meio a uma angélica melodia e a um esplendor que obscurecia o Sol. A nuvem desceu aos poucos (...)”

“Imediatamente, os sinos do alto campanário começaram a repicar, se bem que todos pudessem constatar que mão humana nenhuma os tocava. Em seguida, todos os sinos das igrejas da cidade puseram-se a responder e a soar festivamente em uníssono (...)”

“Pouco a pouco, os raios de luz deixaram de brilhar, a nuvem começou a se iluminar suavemente, e um objeto muito belo apareceu. (...) era uma imagem de Nossa Senhora, tendo em seus braços o divino Menino Jesus: Ela parecia sorrir-lhes e dizer-lhes: “Não temais: eu sou vossa Mãe, e vós sereis os meus filhos bem-amados”...

(Mgr GEORGES P. DILLON, La Vierge Mère du Bon Conseil, Desclée de Brower, Bruges, 1885, pp. 65 e 68 / Imprimatur: Brugis, in festo S. Mathaei, apost., 21 september is 1885, J. A. Syoen, Can. Libr. Cens.)

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Em poder dos saltimbancos


No meio do tumulto de uma feira, um pai perdeu sua filha. Por longo tempo a procurou, mas em vão. Quatro anos depois, em Londres, quand procedia a uma das suas habituais pesquisas, viu uma menina no estrado de uma barraca de saltimbancos. Não havia dúvida, era ela! Salta os cavaletes, sobe ao tablado e brada-lhe:

- Minha filha!

Mas a jovem, esquecida de seus primeiros anos, deseducada pela vida prolongada entre os ciganos e contaminada pelos maus exemplos e péssimos conselhos, respondeu:

- Vós, meu pai... Não vos conheço! Meu verdadeiro pai é aquele! e apontava para um miserável charlatão, que já se dispunha a intervir para não deixar escapar sua presa.

Assim também acontece ao homem fraco e de pouca fé. Atraído, no tumulto da vida, pela ilusão grosseira do pecado, é arrebatado das mãos paternas de Deus.

E quando Jesus vai em auxílio, para arranca-lo do vício e do pecado, o infeliz transviado não reconhece o Salvador e continua no erro, escravizado pelas terríveis tentações do mundo.

(D.)
Lendas do Céu e da Terra 

Foto: Pintura de Donald Zolan

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Evangelista São Marcos (+ 67)

O Evangelista São Marcos (João Marcos) era hebreu de origem, da tribo de Levi, foi um dos primeiros discípulos de São Pedro, que na festa de Pentecostes receberam o santo Batismo das mãos do Apóstolo, razão talvez, de Pedro em sua primeira epístola o chamar “seu filho”. (I. Pedro, 5, 13).

Os atos dos Apóstolos (12, 12) mencionam a mãe de Marcos, Maria, proprietária de uma casa em Jerusalém, onde os cristãos realizavam suas reuniões.

Seu apostolado é intimamente ligado também ao de São Paulo, em Roma, onde desenvolveu um zelo e atividade apostólicos tais, que seu Chefe desejou tê-lo sempre em sua companhia.

Em Roma teve Marcos o prazer de ver os belos frutos, que a prega­ção do príncipe dos Apóstolos produzira, crescendo dia por dia o numero dos que pediam o santo Batismo. Durante sua ausência, São Pedro confiou a Marcos a vigilância sobre a jovem Igreja. Atendendo ao insistente pedido dos primeiros  cristãos de Roma, de deixar-lhes um documento escrito, que contivesse tudo que da sua e da boca de Pedro ouviram da vida, da dou­trina, dos milagres e da morte de Jesus Cristo, Marcos escreveu o Evangelho que lhe traz o nome, dos quatro Evangelhos o mais curto e por assim dizer, o mais incompleto; não contém a história da Infância de Cristo, nem o sermão da montanha. São Pedro leu-o apro­vou-o e recomendou aos cristãos que dele fizessem a leitura.

Depois de ter passado alguns anos em Roma, Marcos pregou o Evangelho na ilha de Chipre, no Egito e nos países vizinhos. As conversões produzidas por esta pregação contavam-se aos milhares. Milhares de ídolos ruíram por terra, e nos lugares dos templos se ergue­ram igrejas cristãs. O Egito, antes um país entregue à mais crassa idolatria, tornou-se teatro da mais alta perfeição cristã e refúgio de muitos eremitas. Marcos trabalhou 19 anos em Alexandria, aonde a Igreja chegou a um estado de extraordinário esplendor.

Observavam do modo mais perfeito os conselhos evangélicos, abstendo-se, a exemplo do mestre, do uso da carne e do vinho e distribuindo os bens entre os pobres. Inúmeros eram aqueles que viviam em perfeita castidade. O número dos cristãos cresceu de tal maneira, que para todos terem ocasião de assistir ao santo sacrifício da Missa e à pregação, foi necessária destacar um número de casas bem grande onde se pudessem reunir.

Tão grande prosperidade da causa do Senhor não podia deixar de inquietar e irritar os sacerdotes pagãos contra o grande Apóstolo. Marcos, sabendo que os inimigos seus e de Cris­to estavam conspirando contra sua vida, e, prevendo uma perseguição, na qual muitos cristãos poderiam não ter a força de perseverar na fé, ausentou-se da cidade. Dois anos durou essa ausência. Ao voltar, havia uma grande festa, que os pagãos celebravam em honra do deus Serapis. A maior homenagem que podiam render à divindade havia de ser — assim opinavam os idólatras — a oferta da vida do Galileu: por este no­me era conhecido o grande evangelista.

Imediatamente se puseram a caminho em busca de Marcos. A eles se uniu o populacho. Descobrir-lhe paradeiro e penetrar na casa que hospedava, foi obra de minutos. Marcos estava celebrando os santos mistérios, quando a horda sequiosa do seu sangue, entrou. Prenderam-no e, com escolhida brutalidade, conduziram-no pelas ruas da cidade. O trajeto todo ficou marcado do sangue do Mártir. Marcos nenhuma resistência fez; ao contrário, deu louvor a Deus por ter sido achado digno de sofrer pelo nome de Cristo.

Na noite seguinte apareceu-lhe um anjo e disse-lhe: “Marcos, Servo de Deus, teu nome está escrito no livro da vida, e tua memória jamais se apagará. Os Arcanjos receberão em paz teu espírito”.

Além desta teve a aparição de Deus Nosso Senhor, da maneira por que muitas vezes o tinha visto durante a vida mortal e disse-lhe: “Marcos, a paz seja contigo”.

Es­tas, como as palavras do Anjo, encheram a alma do Mártir de grande consolo e ânimo.

O dia seguinte, 25 de abril, foi o dia do martírio. Os pagãos maltratavam-no de um modo tal que morreu no meio das crueldades. As últimas palavras que proferiu foram: “Em vossas mãos encomendo o meu espírito”.

Os pagãos quiseram incinerar-lhe o corpo. Uma fortíssima tempestade, que sobreveio, frustrou-lhes os planos e forneceu aos cristãos, ocasião de tirar o corpo e dar lhe honesta sepultura, numa rocha em Bucoles.

Em 815 foram as relíquias de São Marcos transportadas para Veneza, onde ainda se acham. O leão é o símbolo deste evangelista, que inicia seu Evangelho com estas palavras: “Voz daquele que clama no deserto: Preparai os caminhos do Senhor”.

Retirado e adaptado do livro: Lehmann, Pe. João Batista , S.V.D., Na Luz Perpétua, Lar Católico, Juiz de Fora, 1956.

Fonte: Lepanto - Frente Universitária e Estudantil

domingo, 19 de agosto de 2012

Um nome

Encontrei na internet vários escritores.
Escritores de prosa e de poesia.
Narradores e redatores. Também tenho amigos que escrevem bem.
Com todos aprendo. Há escritos de todos os modos e jeitos...
Hoje trago um verso de Filgueiras Lima:

Quis escrever um verso
que enchesse a terra, o céu e o mar...
que enchesse o espaço e o tempo, a vida e a morte...
E da pena só me saiu um nome:
- Deus!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Mãe Imaculada

A imagem da foto é Nossa Senhora da Sabedoria. Sedes Sapientiae (Sede da Sabedoria), como se lê na ladainha de Nossa Senhora. Sim, Ela é a Sede da Sabedoria, porque abrigou em seu ventre a Sabedoria Encarnada, que é Jesus Cristo, Nosso Senhor. Pura, Imaculada, Intrépida e Rainha do Céu e da Terra. Quantas coisas se poderia falar de Nossa Senhora? Ainda não se falou tudo quanto se deveria falar Dessa Obra Prima da criação: Maria. Deus a escolheu.  

Conta-se que o Papa Pio IX chorou ao ler esse soneto, que contém um profundíssimo argumento de razão em favor da Imaculada.

Em 1823, dois sacerdotes dominicanos, Pe. Bassiti e Pe. Pignataro, estavam exorcizando um menino possesso, de 12 anos de idade, analfabeto. Para humilhar o demônio, obrigaram-no, em nome de Deus, a demonstrar a veracidade da Imaculada Conceição de Maria. Para surpresa dos sacerdotes, pela boca do menino possesso o demônio compôs o seguinte soneto:

Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,
E sou sua filha, ainda ao ser mãe;
Ele de eterno existe e é meu filho,
E eu nasci no tempo e sou sua mãe,

Ele é meu Criador e é meu filho,
E eu sou sua criatura e sua mãe;
Foi divinal prodígio ser meu filho
Um Deus eterno e ter a mim por mãe,

O ser da mãe é quase o ser do filho,
Visto que o filho deu o ser à mãe
E foi a Mãe que deu o ser ao filho;
Se, pois, do filho teve o ser a mãe,

Ou há de se dizer manchado o filho,
Ou se dirá Imaculada a mãe.

Recebido por e-mail, desconheço o autor do relato.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Papai está no leme - Feliz dia dos Pais

Desde quando Deus chamou meu pai, não passou um só dia em que eu não levantasse meus olhos para o alto e dissesse: Pai, rogai a Deus por nós. Em homenagem ao dia dos pais, conto essa pequena história:

Tempestade no mar. O barco sobe e desce ao sabor das ondas embravecidas, ameaçando afundar a qualquer momento. Os passageiros estão apavorados. Rezam e gritam. Um menino de seus dez anos está encostado no mastro e parece muito feliz e tranqüilo. É o filho do comandante. Alguém pergunta:

- Menino, você não está com medo?

- Medo de quê? Meu pai está no leme.

Palavra de Deus: Se Deus está comigo, nada tenho a temer. Para os discípulos medrosos atravessando o lago agitado, disse Jesus: Por que estais com tanto medo, homens fracos na fé? (Mt 8,26).

Fonte: Boletim do Padre Pelágio.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Dante Alighieri

Dante Alighieri, famoso autor do poema “Divina Comedia”, ganhou muitos prêmios e muitos títulos na vida.

Foi chamado “o mais italiano dos poetas e o mais poeta dos italianos”.

Mas cansou-se de tanta glória, desiludiu-se da fama do mundo. 

Um dia foi bater à porta de um mosteiro de monges que viviam no silêncio e na contemplação.

O abade que conhecia as obras e a fama desse gênio da literatura mundial, estranhou sua presença naquele recanto solitário, onde todas as vaidades se esboroam, e perguntou:

- Caro irmão, o que vieste procurar nesta solidão?

- Vim procurar a paz...

PALAVRA DE DEUS:– E a paz de Deus que supera toda a inteligência, há de guardar vossos corações e vossos pensamentos em Cristo Jesus (Fl 4,7).

Fonte: Boletim do Padre Pelágio.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ódio e mais ódio

Jamais quis trazer esse tipo de assunto para o meu blog, mas desta vez passou dos limites. Quando iniciei meu blog, eu não sabia nada de blogs, quase nada de internet... De inicio ele foi bem simples, contendo somente o necessário, mas depois fui aprendendo um pouco mais, e apesar de hoje o Blog ainda ser muito simples, encontrei leitores por todo o mundo. Espero que eu tenha feito bem para os que visitam meu blog.

Quando aumentou o número de visitantes, entre os comentários que eu recebia, havia sempre alguém que me xingava muito, blasfemava e dizia coisas muito feias que nem dá para repetir aqui. Me humilhavam, pediam para eu sair da internet, diziam que ninguém jamais ia se interessar em ler minhas postagens... Como não publiquei esses comentários e continuei minha vida apostólica, o ódio aumentou. Recebi ofensas, mandaram-me pragas, me ofendiam até quanto puderam. Cheguei a pensar que a pessoa que escrevia essas coisas poderia estar até possessa. Então todas as vezes que eu colocava uma nova postagem, antes de publicar eu rezava a oração a São Miguel Arcanjo.
Tenho antivírus potente além de outras proteções que foram instaladas no meu computador, de modo que nada me fazia mal.

Hoje,  recebo um e-mail de uma amiga avisando que meu blog estava bloqueado pelo Google e que o dela que tinha link com o meu, também não abria. Fui verificar e constatei que isso era verdade. Aparecia uma mensagem dizendo que o meu Blog estava infectado e que era perigoso entrar no meu blog.

Imediatamente iniciei uma varredura no meu blog pelo HTML e com o auxilio de dois amigos meus que são experts no assunto. Também recebi ajuda do site indicado pela minha amiga.

Transcrevo minha troca de e-mails de hoje: Quinta feira 26 de julho de 2012:

Meu amigo querido! Tudo bem? Hoje, agora, nesse instante fui entrar no meu blog [...] e para minha surpresa, ele não abria e logo veio um aviso de que eu tinha conteúdo do Almas Castelos e que esse site é conhecido por enviar o malware. Pode? Houve muitas ocorrências há um tempo atrás que deixou a blogosfera em palvorosa com o dito cujo e dizia-se vir dos blogs católicos. (NEGRITO MEU, imaginem como sofrem perseguições os Blogs Católicos!) Eles o incorporam nos gadjets que ficam nas laterais. Meu computador está inoperante e deve ser o dito Malware. Verifique, Jorge. Eu não tenho postado e nem visitado os blogs por conta do meu computador ter pifado. Eu conheço uma pessoa que ajudou muitos a se livrarem desse maldito vírus. Se precisar mando-lhe o site. Ela é do bem e ajuda com muitos artigos. Grande abraço. pode ser que no seu blog não apareça, então não sei como vc fará.
M. L.

Minha resposta:
Minha amiga ML. Vou verificar meu computador.
Mas lhe asseguro que tenho os melhores antivírus do Mercado como Panda e o Norton. Muitas pessoas não sabem isso que vou lhe contar: mas nós católicos somos muito odiados por fazer bem aos outros. Já me mandaram vírus, já fizeram sumir postagens minhas, já fizeram de tudo para detonar meu blog. É ódio puro e ódio demoníaco. Tenho recebido às vezes comentários me xingando de palavrões pesadíssimos. Xingam Deus, Nossa Senhora e os católicos. Estou acostumado a isso. [...] Minha família sempre foi muito odiada por ser extremamente católica. Já fizemos muito bem a várias pessoas. Recebemos ódio em troca. Além do mais, as vezes eles (os inimigos) enganam. Dizem que meu blog tem vírus para as pessoas pararem de visitar.

FUI VERIFICAR O BLOG E CONSTOU O BLOQUEIO PELO GOOGLE. O INTERESSANTE É QUE ME INDICARAM QUE OUTROS BLOGS TAMBEM ESTAVAM COM PROBLEMAS, MAS SOMENTE BLOGS CATÓLICOS TRADICIONAIS E QUE EU CONHEÇO QUE SÃO MUITO BONS.

Escrevi para minha amiga: 
Não sei o que fizeram com meu site dessa vez.
O que eu devo fazer?

Ela me responde: 
Bom dia, meu bom e estimado amigo! 
Estou petrificada com o que você me disse sobre o que fazem contigo!  
É repugnante mesmo, logo para você dono de uma linda alma, íntegro, mas só não se dá jeito na morte. Indico-lhe uma pessoa do bem mesmo, que ajuda a todos nessa blogosfera. Entre em: www.elainegaspareto.com e assim que abrir, na lateral direita tem um título: "Tutoriais mais lidos" clica em "Como resolver o problema do Malware no blog "Tenho também o e-mail dela. O blog dela chama-se "Um Pouco de Mim" Só não lhe mando a página porque  [...] nem sei como selecionar e copiar. Tenho certeza que vc conseguirá lendo as instruções dela e se precisar entre em contato. Abração!
M. L.

FUI OBRIGADO A DELETAR MUITA COISA DE MINHA BARRA LATERAL DIREITA, E MEXER NO HTML DO BLOG. DEPOIS DISSO A MENSAGEM DE BLOQUEIO DO MEU BLOG PAROU, MAS AINDA TINHA UM AVISO SOBRE O PERIGO DE ENTRAR NO MEU BLOG. MANDEI UM E-MAIL PARA O BLOGER E PEDI A LIBERAÇÃO DO MEU BLOG. ELES VERIFICARAM NOVAMENTE E CONSTATARAM QUE JÁ ESTAVA TUDO BEM, E POR ISSO VOLTOU À NORMALIDADE.

Minha resposta:
Parece que eu resolvi o problema, retirei quase tudo quanto é gadget lateral. Mas o google ainda não liberou meu blog. Nas pesquisas ainda consta como site infectado. Mas se entrar pelo link, na barra de endereços, ele entra normalmente. Já pedi para o Google a liberação do meu link nos sites de pesquisas do google. Demora um pouco mas vai resolver. Agora vou ter que recolocar tudo o que havia antes e que fui obrigado a deletar.

MINHA MENSAGEM FINAL DESTA POSTAGEM: A TODOS OS INIMIGOS DA IGREJA CATÓLICA! AINDA ESTOU AQUI EVANGELIZANDO ATRAVÉS DE PARÁBOLAS. SEMEANDO A PALAVRA DE DEUS, NOSSO SENHOR. UNINDO AS FAMÍLIAS E DESEJANDO A CONVERSÃO DAS PESSOAS. A VITÓRIA É DE NOSSA SENHORA: ELA VENCEU E SEMPRE VENCERÁ.

Ab insidiis diaboli, libera nos, Domine.
Ut Ecclesiam tuam secura tibi facias libertate servire, te rogamus, audi nos.
Ut inimicos sanctæ Ecclesiæ humiliare digneris, te rogamus audi nos.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A bofetada que salvou

Foi durante a Revolução Francesa em 1790. A Igreja era perseguida. Padres e Freiras eram presos e executados na guilhotina.

P. Fourier estava sendo caçado pela polícia. Disfarçado de empregado, continuava exercendo seu ministério às escondidas.

Uma tarde muito fria, visitando uma família, assentou-se descontraidamente junto ao fogão para se aquecer. Nisto irromperam alguns soldados porta adentro gritando:

- Estamos procurando o vigário. Ele entrou aqui. Temos certeza.

A dona da casa, uma camponesa reforçada, num gesto inspirado chegou-se ao vigário, aplicou-lhe sonora bofetada e disse enérgica:

- Empregado preguiçoso! Dê lugar a esses senhores. E fora, ouviu? Vá cuidar da sua obrigação lá no curral.

Depois voltando-se para os soldados:

- Desculpem meu nervosismo. Esses empregados de hoje...

Os soldados tomaram chá quente oferecido pela mulher e saíram resmungando:

- Onde esse Federico se escondeu, hein?

Mais tarde o padre comentava rindo:

- Pocha! As mãos da boa mulher não eram nada femininas. A bofetada foi tão forte que vi estrelas.

Assim faz Deus conosco. Usa de energia para nos salvar.

(Fonte: Boletim do Padre Pelágio)

domingo, 15 de julho de 2012

O grande milagre de Lanciano

Há mais de 12 séculos deu-se grande e prodigioso milagre eucarístico na Igreja Católica.

Por volta do ano 700, depois de Cristo, na cidade italiana de Lanciano (um povoado antiqüíssimo cujo nome veio do primitivo "Anciano" – que quer dizer “ancião”, “velho”), viviam no mosteiro de S. Legoziano os Monges de S. Basílio e entre eles havia um que acreditava mais na sua cultura mundana do que nas coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante, e ele era perseguido todos os dias pela dúvida de que a hóstia consagrada fosse o verdadeiro Corpo de Cristo e o vinho o Seu verdadeiro Sangue.

Mas, a Graça Divina nunca o abandonou, fazendo-o rezar continuamente para que esse insidioso espinho saísse do seu coração.

Certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração, ele viu a hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo. Sentiu-se confuso e dominado pelo temor, diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenatural. Até que, em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou-se para as pessoas presentes e disse:

"Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!"

A estas palavras as testemunhas se precipitaram para o altar e começaram também a chorar e pedir misericórdia. Logo a notícia se espalhou por toda a pequena cidade, transformando o Monge num novo Tomé.

A Hóstia-Carne apresentava, como ainda hoje se pode observar, tem uma coloração ligeiramente escura, tornando-se rósea se iluminada pelo lado oposto, e tinha uma aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa (entre o amarelo e o ocre), coagulado em cinco fragmentos de forma e tamanho diferentes.

Serenada a emoção de que todo o povo foi tomado, e dadas aos Céus as graças devidas, as relíquias foram agasalhadas num tabernáculo de marfim, mandado construir pelas pessoas mais credenciadas do lugarejo.

A partir de 1713, até hoje, a Carne passou a ser conservada numa custódia de prata, finamente cinzelado, estilo napolitano. O Sangue está contido numa rica e antiga ampola de cristal de rocha.

Aos reconhecimentos eclesiásticos do Milagre, a partir de 1574, veio juntar-se o pronunciamento da Ciência moderna através de minuciosas e rigorosas provas de laboratório.
Foi em novembro de 1970 que os Frades Menores Conventuais, sob cuja guarda se mantém a Igreja do Milagre (desde 1252 chamada de São Francisco), decidiram confiar a dois médicos, de renome profissional e idoneidade moral, a análise científica das relíquias. Para tanto convidaram o Dr. Odoardo Linoli, Chefe de Serviço dos Hospitais Reunidos de Arezzo e livre docente de Anatomia e Histologia Patológica e de Química e Microscopia Clínica, para, assessorado pelo Prof. Ruggero Bertellim Prof. Emérito de Anatomia Humana Normal na Universidade de Siena, proceder aos exames.

Após alguns meses de trabalho, exatamente a 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório contendo o resulado das análises:

- A Carne é carne verdadeira. O Sangue é sangue verdadeiro.
- A Carne e o Sangue pertencem a espécie humana.
- A Carne é do tecido muscular do coração (miocárdio, endocárdio e nervo vago).
- A Carne e o Sangue são do mesmo tipo sanguíneo AB.
- Coincidência extraordinária: É o mesmo tipo de Sangue (AB) encontrado no Santo Sudário de Turim.
- Trata-se de carne e sangue de uma Pessoa Viva, vivendo atualmente, pois que esse sangue é o mesmo que tivesse sido retirado, naquele mesmo dia, de um ser vivo.
- No Sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os seguintes minerais: cloretos, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio.
- A conservação da Carne e do Sangue, deixados em estado natural durante doze séculos e expostos aos agentes físicos, atmosféricos e biológicos, constitui um Fenômeno Extraordinário.

Outro detalhe inexplicável: pesando-se as pedrinhas de sangue coagulado (e todos são de tamanhos diferentes) cada uma delas tem exatamente o mesmo peso das cinco pedrinhas juntas! Deus parece brincar com o peso normal dos objetos. E antes mesmo de redigirem o documento sobre o resultado das pesquisas, realizadas em Arezzo, os Doutores Linoli e Bertelli enviaram aos Frades um telegrama nos seguintes termos:

" Et Verbum caro factum est" = "E o Verbo se fez Carne!"

Concluindo, pode-se dizer que a Ciência, chamada a manifestar-se, deu uma resposta segura e definitiva a respeito da autenticidade do Milagre Eucarístico de Lanciano.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Bradem pelos quatro cantos da Terra

O ser humano se acostuma naturalmente com as coisas que o cercam. Quem já mudou de casa percebe bem isso. No início tudo é novidade e a sensação é realmente de casa nova. Depois o homem vai se acostumando ao seu novo ambiente e a sensação de novidade já não existe mais. O que aconteceu? A resposta e óbvia, deixou de ser casa nova desde quando o homem se acostumou a fazer dela sua morada habitual.

Outro exemplo: quando no noticiário aparecem crimes bárbaros, muitos se espantam e se horrorizam com os fatos, tratando os criminosos como seres doentes ou de alta periculosidade, que devem ser banidos da sociedade. Com o passar dos tempos, se a notícia persiste, o homem se acostuma com essas noticias, e já nem sente mais o horror de outrora e passa a encarar os fatos como “a normalidade” de nossos dias. As vezes até fazem piadinhas desses crimes monstruosos, e o que antes os faziam ter cara de espanto, agora despertam sorrisos e piadas.

Assim caminham as coisas. Os inimigos da Igreja e “psicólogos do mal” conhecem essa tendência do ser humano e assim sabem que lançar notícias ora avançadas, ora menos avançadas, constituem um fator de “avanço revolucionário”. Em outras palavras, essa onda que ora vem forte, ora vem lentamente, constitui a marcha do processo revolucionário: a marcha lenta e a marcha rápida. Em ambas as marchas elas conseguem arrebanhar para si as pessoas das mais variadas tendências sociais, desde as mais “avançadas” até as “conservadoras”, de modo que, de uma forma lenta ou de uma forma mais rápida, sempre ela caminha para frente.

Onde quero chegar com esse raciocínio? Muito simples. A mídia fala tanto de aborto, de divórcio, de união estável, e de tantas outras coisas que de tanto falar nisso, a tendência natural do ser humano é se acostumar com esses assuntos e acabar por “ingeri-los”, como se fossem “coisas normais de nossos dias”, e, por conseqüência, acabam não mais se importando com esses assuntos como deveriam se importar.

Valores como FAMILIA, VIDA, CASAMENTO devem ser sempre defendidos com todas as forças da alma e do coração, pois a família é a célula básica da sociedade, e destruindo-se a família, destrói-se a sociedade.

Já que a tendência do ser humano é se acostumar com as coisas que o rodeiam, então façamos a nossa parte: publiquem nos jornais, bradem pelos quatro cantos da terra, falem sem parar, distribuam panfletos, exijam programas na televisão QUE A FAMÍLIA CATÓLICA AINDA EXISTE, QUE O QUE DEUS UNIU QUE O HOMEM NÃO O SEPARE, QUE MATAR É CRIME. Falemos tanto, mas tanto, muito mais do que os que lutam contra a vida e a família, até que o homem do mundo moderno se acostume com a idéia de que TEM QUE DEFENDER A FAMÍLIA E A VIDA. Que defender a vida e a família seja uma normalidade, não o contrário.

Fonte: Blog Jovens e Namoros

domingo, 8 de julho de 2012

Que fiz eu?

Somos levados a sorrir, sem querer, quando observamos essas antigas cartas geográficas em que figuram vastos territórios desconhecidos assinalados por manchas brancas sobre as quais se acha escrito: Hic sunt leones (Aqui moram leões).

Pois bem, muitos estudantes que sabem indicar todos os minerais que são encontrados nas minas dos montes Rochosos e enumerar os rios que costeiam as florestas virgens do Congo, ignoram completamente os valores latentes da sua alma e não tem idéia alguma das paixões ferozes que lhes devastam o próprio coração. Já Pitágoras recomendava a seus discípulos fazerem a si mesmos as perguntas seguintes duas vezes por dia, antes do meio dia e à noite: “Que fiz eu? Como o fiz? Fiz tudo o que devia fazer?” E Quinto Séxtio, outro filósofo anterior a Cristo, formulava a si mesmo, todas as noites, as seguintes interpelações: “A que fraquezas de meu caráter busquei remédio hoje? Que defeitos combati? Em que foi que me tornei melhor?” Sêneca, igualmente célebre por sua sabedoria, escreveu: “Tenho o hábito de examinar-me cada dia. à noite, depois de apagar a luz percorro meu dia em pensamento e ponho  todas as minhas palavras e todas as minhas ações no prato da balança”.

Esses grandes pensadores tinham razão: só pode o homem ser senhor de si mesmo e dominar todos os seus impulsos quando for capaz de se conhecer a si mesmo.

O mecânico só é senhor de sua máquina e só pode domina-la quando a conhece inteiramente até o mais insignificante parafuso.

Lendas do Céu e da Terra – Malba Tahan

NOTA DO BLOG: Meus amigos e amigas, esse texto acima nos dá mais uma lição: se ilustres pensadores pagãos sabem de tudo isso, muito mais deveríamos saber nós que temos o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, dominemos nosso selvagem leão interior e voemos como a águia em direção ao nosso Criador.